28/05/2011

Capítulo IV - Parte I - Maria Candida da Fontoura Palmeiro x Capitão Sebastião Pinto da Fontoura e sua descendência

Maria Candida da Fontoura Palmeiro e sua descendência


Maria Cândida da Fontoura Palmeiro
* na freguesia  de Nossa Senhora da Conceição (ou da Oliveira?) da Vacaria c. 1826 [não pode ter nascido em 1826 se a filha nasceu em 1832], + S. Gabriel
X em Porto Alegre, a 5 de julho de 1828 com o seu primo capitão Sebastião Pinto da Fontoura, * Rio Pardo em 1798.

Ele era filho do brigadeiro Antonio Pinto da Fontoura (* Rio Pardo c. 1760,  + Caçapava 1826) e de Eufrazia Luzia de Lima (* Porto Alegre ou Rio Pardo [cf. GRG: dá os dois locais] 1770, + 1845 ). Neto paterno do tenente? Francisco Pinto de Souza (* freguesia de Santo André do Cristilo, no concelho de Louzada, diocese  do Porto, + Taquari, 1776 com 70 anos) e de Angélica Veloza da Fontoura (* Rio Grande c. 1742, + Rio Pardo, 1792) [ela era irmã mais moça do capitão de Dragões João Carneiro da Fontoura (c. 1734-1810), pai de Maria Josefa da Fontora, esposa de João José Palmeiro]. Neto materno do capitão Domingos Tomás de Lima (* freguesia de S. Salvador de Pedregais, arcebispado de Braga, + Porto Alegre 1781 com 64 anos) e de Francisca Josefa de Maia (* Rio de Janeiro). Bisneto paterno de João Pinto Ribeiro de Souza e de Escolástica de Souza Pimentel, ambos naturais do Porto e do já mencionado João Carneiro da Fontoura, iniciador da família (Carneiro da) Fontoura no Rio Grande do Sul e de Izabel da Silva. Bisneto materno de João da Costa Lima (* freguesia de Santa Maria Maior das Duas Igrejas, do arcebispado de Braga)  e de Domingas Fernandes de Almeida (* Pedregais) e do sargento-mór de auxiliares Luiz Francisco de Maia (* Aveiro) e de Tereza de Jesus de Vasconcelos (* freguesia da Candelária, Rio de Janeiro).

O capitão Sebastião Pinto da Fontoura tinha sete irmãos, vários dos quais figuras de destaque: Benta Maria da Fontoura (+ 1804), casada com o capitão José Francisco dos Santos Sampaio; Francisca Urbana da Fontoura (1786-1870), casada com o coronel Francisco Barreto Pereira Pinto (* 1782), irmão do marechal Sebastião Barreto; Maria Angélica da Fontoura (1790-1846), casada em primeiras núpcias com o capitão de Dragões Francisco de Borja de Almeida Corte Real (+ batalha de Catalã, 1817) e em segundas núpcias com o comendador José Tomaz de Lima (1796-1852) (uma das filhas de Maria Angélica da Fontoura foi Maria Joaquina de Almeida Corte Real, que casou em 1828 com o major João Manoel de Lima e Silva, tio do duque de Caxias, sendo os pais do general João Manoel de Lima e Silva (* 1832), pais, por sua vez do embaixador Reinaldo de Lima e Silva, * 1874). Outro irmão do capitão Sebastião Pinto da Fontoura foi Francisco Pinto da Fontoura, o “poeta dos Farrapos” e autor do hino de 1835 (1793-assassinado em Livramento). Era irmão germano de Antonio Paulo da Fontoura, conhecido como Paulino da Fontoura, que foi vice-presidente da República Riograndense (* Rio Pardo 1800, + assassinado em Alegrete 1843 quando desempenhava o cargo acima referido)

O capitão Sebastião Pinto da Fontoura teve destacada atuação na sociedade e nos acontecimentos de sua época. Ele e Alexandre Luiz de Queiroz e Vasconcelos, dito o Quebra, precursor da República Riograndense, ofereceram-se para servir às ordens de Carlos Maria de Alvear, militar e político argentino, na batalha de Passo do Rosário ou Ituzangó, na Guerra da Cisplatina no regimento comandado pelo segundo, denominado “Libertadores do Rio Grande”, tendo por conseqüência a independência do Uruguai.
Cf.  Aurélio Porto, “Notas ao Processo dos Farrapos”, pp. 462-463

8 filhos:

I. Carolina Palmeiro da Fontoura (cf. adiante, I.)
II. Maria, * Porto Alegre a 4 de julho e foi batizada a 8 de setembro de 1833.
III. Josefina, * Porto Alegre a 8 de setembro de 1834 e foi batizada a 27 de janeiro de 1835.
IV. Maria Balbina Palmeiro da Fontoura (cf. adiante, II.)
V. Alfredo, * Porto Alegre a 13 de julho de 1844 e foi batizado a 22 de dezembro de 1854.
VI. Maria Leopoldina Palmeiro da Fontoura (cf. adiante, III.)
VII. Francisca Palmeiro da Fontoura (cf. adiante, IV.)
VIII. Antonio Pinto Palmeiro da Fontoura (cf. adiante, V.)


I. Carolina Palmeiro da Fontoura


Carolina Palmeiro da Fontoura
* Porto Alegre a 3 de fevereiro e foi batizada a 14 de março de 1832.
X em São Gabriel a 27 de agosto de 1849 com o alferes, depois general Manoel Antonio da Cruz Brilhante,
* em Porto Alegre a 1º e batizado a 24 de novembro de 1822.
 
X em São Gabriel a 27 de agosto de 1849 com o alferes, depois general Manoel Antonio da Cruz Brilhante,
* em Porto Alegre a 1º e batizado a 24 de novembro de 1822
Filho do 1º tenente da Armada, Manoel Antonio da Cruz Brilhante (* Ourém, Portugal) e de  Maria Vieira da Cunha (* em Rio Pardo) (X em Porto Alegre a 12 de abril de 1812); neto paterno de Luiz da Cruz Corrêa e de Josefa Maria da Conceição, naturais de Ourém, diocese de Leiria, em Portugal; neto materno de Manoel Vieira da Cunha (* Porto, Portugal) e de Rita Maria de Jesus (* Taquari).
O gen. Manoel Antonio da Cruz Brilhante ocupou vários cargos no Exército, como comandante do 4º Regimento de Cavalaria Ligeira (hoje 1º Regimento de Cavalaria Motorizada), com sede em Itaqui (1870), o de comandante do 5rcmec (1903) o de chefe da comissão de organização das forças de 2ª linha (Guarda Nacional) (1918).
GRG não menciona filhos para este casal.

























General João Manuel Mena Barreto


II. Maria Balbina Palmeiro da Fontoura e sua descendência


Maria Balbina Palmeiro da Fontoura
* Porto Alegre a 29 de setembro de 1835 e foi batizada a 7 de fevereiro de 1836, ali + a 28 de janeiro de 1868, um ano e meio antes da morte heróica do marido.

X São Gabriel a 27 de agosto de 1849 com seu primo general João Manuel Mena Barreto, * Porto Alegre a 7 de julho de 1827, + Peribuí, no Paraguai, a 12 de agosto de 1869  [pela ortografia arcaica era Menna, com dois nn]

Décimo oitavo filho, dos quais quatro legitimados, sendo ele o mais moço de todos, do marechal João de Deus Mena Barreto, visconde de São Gabriel (1769-1849), figura importante da História do Brasil e origem da nobre família dos Mena Barreto, ilustre familia de militares, que terá ainda  duas outras alianças matrimoniais com descendentes de João José Palmeiro. A mãe do gen. João Manuel era Maria Joaquina de Almeida, “solteira e desimpedida”, como diz a GRG, p. 76.

O visconde de São Gabriel era filho do coronel de cavalaria auxiliar Francisco Barreto Pereira Pinto  (1709 + 1775),que assentou praça em 1726 e foi o primeiro ascendente da família que teve atuação no Brasil, em 1737, como soldado das forças do brigadeiro José da Silva Paes, rumo à Colônia do Sacramento. Ele casou c. 1743 com Francisca Veloza da Fontoura(* c. 1729-1769), a mais velha dos dez filhos de João Carneiro da Fontoura (c. 1679-1769), o fundador dos Carneiro da Fontoura no Rio Grande do Sul. Era ele, portanto, primo irmão de Maria Josefa da Fontoura, casada com João José Palmeiro, o fundador da família Palmeiro no Rio Grande do Sul. Veio para o Presídio do Rio Grande de São Pedro em 1736. Era neto paterno do capitão-mor da vila e comarca da Feira, Lagoalva de Santarém, bispado de Coimbra,  Manuel dos Santos Barreto e Madalena Maria Pereira Pinto, naturais da Terra da Feira, Portugal.
.
Wikipédia, a enciclopédia livre publica o seguinte verbete sobre o gen. João Manuel Mena Barreto (ascessado a 9.3.2011):

João Manuel Mena Barreto (Porto Alegre, 24 de janeiro de 1824Peribebuí, 12 de agosto de 1869) foi um militar brasileiro. Participou das campanhas do Uruguai, sendo promovido a coronel, por merecimento, em 18 de fevereiro de 1865, após a batalha de Paysandú. Foi promovido a brigadeiro em 1º de junho de 1867. Foi condecorado com a medalha da Campanha do Estado Oriental (1851-1852), com o grau de cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo (1858), com o grau de cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz (1860), com o grau de oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro (1865), com o grau de grande dignitário da Imperial Ordem da Rosa (1869) e com a medalha de Mérito Militar.
Enviado ao Paraguai, no primeiro semestre de 1865, comandante do 1° batalhão de Voluntários da Pátria, foi informado, perto de São Borja, da invasão do Rio Grande do Sul. Deslocou, então, a sua tropa para a defesa do território. Conforme descreve o vigário de São Borja, acerca do combate de 10 de junho de 1865, foi decisiva a ação do 1° Batalhão de Voluntários da Pátria, sob o comando de João Manuel Mena Barreto, "quando fazia o seu batismo de sangue e merecia a gratidão eterna das famílias de São Borja, das quais foi o salvador. Viu-se dentro da vila um espetáculo que é impossível descrever. A população estremecia de susto, e as ruas estavam cheias de povo. Este espetáculo comoveu o coronel Mena Barreto e o determinou a atacar os paraguaios. Durante horas que fez frente ao inimigo, várias vezes, com diversas cargas, a vila de São Borja ficou despovoada". A decisão dos paraguaios de só tomarem São Borja após transporem o rio – com um contingente total de cinco mil homens, de que dispunha o seu exército – foi ocasionada pela impressão de serem estes heróis uma vanguarda do exército brasileiro. Disso se valeu o coronel João Manuel para efetuar, à noite, a retirada estratégica de todas as famílias sãoborjenses.
Participou mais tarde do cerco a Uruguaiana, assumindo logo depois o comando de uma brigada estacionada em São Gabriel.
Foi depois chamado à Corte, onde comandou o 1° Regimento de Guarda. Não permaneceu muito tempo, desejando voltar ao combate, foi nomeado, em 1867, brigadeiro. Em novembro e dezembro do mesmo ano se destacava em combate e, no ano seguinte, lutou em Avaí e Lomas Valentinas.
Promovido ao comando da 1° Divisão de cavalaria, foi ferido a bala no combate que conquistou as fortificações de Peribebuí, vindo a falecer. Sua morte revoltou o príncipe Gastão de Orléans, conde d'Eu (marido de D. Isabel de Bragança, princesa imperial do Brasil), que teria ordenado  o degolamento do coronel Pablo Caballero e do chefe político da vila, Patrício Marecos (cf. DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. Este autor é, porém,  muito contestado neste e noutros pontos] o que demonstraria  a influência dos Mena Barreto no sul brasileiro.

Bibliografia:Achiles Porto-Alegre,”Homens ilustres do Rio Grande do Sul”. Porto Alegre: Livraria Selbach, 1917. João de Deus Noronha Menna Barreto,”Os Menna Barreto. Seis Gerações de Soldados”. Rio de Janeiro: Laemmert, 1950.Oswaldo Bittencourt Menna Barreto, “Família Menna Barreto 200 Anos”. Santa Maria: Cedigraf, 2003.

Quanto a seu pai,  João de Deus Mena Barreto, 1º barão  e visconde de São Gabriel (Rio Pardo, 2 de Julho de 176927 de agosto de 1849), foi um militar e político ilustre. Transcrevemos, apenas com ligeiras modificações, o verbete da Wikipedia sobre ele, verbete este ascessado a 9.3.2012
.Assentou praça no regimento dos dragões, em Rio Pardo, tomando parte da campanha de 1801 quando, devido a atos de heroísmo, foi promovido a sargento. Participou da campanha de 1811 como tenente-coronel, guarnecendo o território das missões, comandando entre outros, o seu primo José de Abreu Mena Barreto, barão de Cerro Largo.

Em 1816, na Guerra contra Artigas, derrotou inicialmente a tropa do próprio José Artigas. Depois atacou o caudilho José Antonio Berdún que mantinha domínio sobre Quaraí, Ibirocaí e Inhaduí. Mena Barreto, após o ataque, vendo que o inimigo estava em posição vantajosa no terreno, ordenou que sua tropa fingisse uma retirada, o inimigo saiu em perseguição, até uma planície mais ampla, onde Mena Barreto pode utilizar toda sua cavalaria, vencendo a Batalha de Carumbé. A tropa portuguesa com 480 homens, derrotou 800 inimigos, dos quais 238 foram mortos, enquanto os portugueses tiveram somente 2 mortos e 22 feridos, entre eles o próprio Mena Barreto. Recuperado, coordena a ala esquerda das forças brasileiras, chefiadas pelo marquês do Alegrete, na Batalha de Catalão, a 4 de fevereiro de 1817, saindo novamente vitorioso. Em 1818 é atacado por 1030 homens comandandos por Aranda, no arroio Gabiju, que é derrotado, deixando 130 morto, 270 prisioneiros e 600 cavalos; deixando somente um soldado de Mena Barreto morto. No mesmo ano é promovido a marechal de campo, será tenente general em 1824.


Na Guerra Cisplatina não recebeu nenhum comando formal, tendo organizado tropas irregulares na fronteira, que derrotaram o inimigo no Passo Sarandi.
Adoentado, em 1832, solicita seu afastamento do exército, que lhe é concedido.
Em 1836, durante a Revolução Farroupilha, participa da retomada de Porto Alegre pelos legalistas. Quando Bento Manuel Ribeiro passou para o lado dos farroupilhas, escreveu a Mena Barreto convidando-o a seguir seu exemplo, no que o marechal negou-se. Depois da Paz de Ponche Verde retorna a Rio Pardo, onde falece.
Foi dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro (grão-cruz conforme o site “A nobreza brasileira de A a Z”: http://www.sfreinobreza.com/NobAZ.ht) e comendador da Imperial Ordem de Avis. O título de barão de São Gabriel lhe foi concedido por D. Pedro II a 18 de julho de 1841  e foi elevado a visconde a 2 de dezembro de 1845.
É o patriarca da família Mena Barreto, tendo usado o seu sobrenome e o de sua esposa
(Rita Bernarda Côrtes de Figueiredo Mena), omitindo  o nome Pereira Pinto. Pai de Gaspar Francisco Mena Barreto e José Luís Mena Barreto.

O verbete a ele dedicado no site Gaúchos Ilustres – Maragato Assessoramento, diz:

João de Deus Menna Barreto nasceu no antigo povoado do Rio Pardo. Bem jovem ainda, assentou praça no Regimento de Dragões ali estacionado, alcançando, em poucos anos, os postos de oficial subalterno.

Casou com Rita Bernarda Côrtes de Figueiredo Mena (natural do Rio de Janeiro, filha de José Maria de Figueiredo Mena, natural de Portugal). Resolveu mudar o nome, para João de Deus Mena Barreto, tornando-se assim o fundador da família Mena Barreto.

Havendo tomado parte, com o seu regimento, na campanha de 1801 e praticado atos de verdadeiro heroísmo, foi promovido ao posto de sargento-mor.
Em 1811, o Capitão-general D. Diogo de Souza teve ordem de invadir o Estado Oriental à frente de um poderoso exército; antes de o fazer, determinou que uma coluna fosse guarnecer o território das Missões e incumbiu dessa delicada comissão o Tenente-coronel João de Deus Mena Barreto, que era um oficial de sua inteira confiança.  Como continuassem as correrias e depredações na capitania do Rio Grande do Sul, por parte da gente de pior espécie que acompanhava o caudilho D. José Gervário Artigas, D. João VI entendeu que devia  acabar para sempre com este estado de coisas. Em 3 de outubro de 1816, o Brigadeiro Mena Barreto bateu por completo os espanhóis no território das Missões. Foi um feito brilhante em que o ilustre general revelou a sua bravura e alta capacidade estratégica. Mas era preciso atacar quanto antes a divisão do caudilho Verdum, que dominava em Quarai, Ibirocai, Inhanduí e Pai-Passo. João de Deus não se fez esperar: foi ao seu encontro, destroçando completamente as forças contrárias, que eram muito mais numerosas. Ocupando-se desse combate um distinto escritor, finaliza sua narrativa com as seguintes palavras:

“Assim findou a batalha de Ibirocaí, tão funesta para o inimigo, que ali purgou os crimes e horrores cometidos na invasão daquele território por ele assolado”. Nessa memorável ação, o ilustre general que a comandava, conservou-se firme no seu posto, apesar de ferido; o caudilho inimigo, diante daquele medonho desbarato, fugiu do campo de luta, antes de concluído o combate; só encontrou salvação nas patas do cavalo que montava.

A 4 de janeiro de 1817, Mena Barreto, já restabelecido do ferimento que recebeu em Ibirocaí, coube papel saliente na batalha de Catalão. Aí obrou prodígios de valor, investindo contra o inimigo à frente da sua cavalaria,que ia levando a morte por toda a parte.

Em 1832, já com mais de 60 anos e adoentado, solicitou sua reforma que lhe foi concedida.

 Em junho de 1836, de acordo com outros chefes locais, tomou a iniciativa da reação, em Porto Alegre. Depois da Paz de Ponche Verde foi residir no Rio Pardo, onde contava com afeições que lhe eram muito caras.

Por carta imperial de 10 de janeiro de 1846, o governo lhe concedeu o título de Visconde de São Gabriel, com honras de grandeza.

A 27 de agosto de 1849 faleceu em Rio Pardo. Um escritor daquela época, ocupando-se da sua morte, traçou as seguintes linhas: “Perdeu a Pátria um benemérito servidor, e a província do Rio Grande do Sul, em particular, deverá chorar a perda do distinto soldado, cujos gloriosos feitos são para ela um padrão de glórias”.

Bibliografia:
PORTO-ALEGRE, Achylles. Homens Illustres do Rio Grande do Sul. Livraria Selbach, Porto Alegre, 1917.
- SILVA, Alfredo P.M. Os Generais do Exército Brasileiro, 1822 a 1889, M. Orosco & Co., Rio de Janeiro, 1906, vol. 1, 949 pp.
Como dissemos acima, teve 18 filhos, sendo que quatro legitimados. Contudo, oito deles morreram ainda crianças. Entre os irmãos do general João Manuel, merecem destaque o marechal Gaspar Francisco Mena Barreto (1790-1856), o marechal  João Propício Mena Barreto, 2º barão de S. Gabriel, de que falaremos adiante por seu casamento com Francisca da Fontoura Palmeiro, o coronel José Luiz Mena Barreto ((* 1796, + no combate do Rincão das Galinhas 1825), Maria Pùlcra de Figueiredo Mena (* 1799), casada em primeiras núpcias com o capitão José de Paula Prestes da Fontoura (+ no combate de Catalã, 1817) e em segundas núpcias com o desembargador José Maria de Sales Gameiro de Mendonça Peçanha.

Filhos:
§ 1. João Manuel Mena Barreto Filho (cf. adiante, § 1.)
§ 2.  João Carlos Mena Barreto (cf. adiante, § 2.)
§ 3. Maria Adelaide Mena Barreto (cf. adiante,  § 3.)
§ 4. Maria Balbina Mena Barreto (cf. adiante,  § 4.)
§ 5. Alice Palmeiro Mena Barreto (cf. adiante, § 5.)


§ 1. General João Manuel Mena Barreto Filho


General João Manuel Mena Barreto Filho
* 1848, + 1931

Esteve na Guerra do Paraguai (1865-1870) e na Revolução Federalista no Rio Grande do Sul (1893-1895)
X Jacinta Maciel.
Filhos:
1. Nelson Mena Barreto. X ....
2. Dr. Eudoro Mena Barreto. X ... Xavier. Com sucessão
3. Raul Mena Barreto. X ...
4. Vanda Mena Barreto, + .... solteira
5. Sara Mena Barreto, + .... solteira

§. 2. General João Carlos Mena Barreto


General João Carlos Mena Barreto
* 1858, + 1930

Combateu a Revolução de 1893-1895.

X com sua sobrinha Maria Amália Mena Barreto Borges Fortes (cf. adiante, IV.2.3.1.)

Filhos:

1. Gabriel Mena Barreto (cf. adiante, 1.)
2. Nésia Mena Barreto, solteira.
3. Rute Mena Barreto (cf. adiante, 2. )
4. Marina Mena Barreto (cf. adiante, 3.)
5. Marieta Mena Barreto (cf. adiante, 4.)
6. Celso Mena Barreto (cf. adiante, 5.)

1. Major Gabriel Mena Barreto

Major Gabriel Mena Barreto
* Jaguarão, 11 de maio de 1899, + 1969

De sua turma do Colégio Militar e da Escola Militar do Realengo fizeram parte os futuros Presidentes da República, marechais Castelo Branco e Costa e Silva e o marechal Amauri Kruel, entre outros, que iriam se evidenciar na vida militar e política do país. Major de Cavalaria, participou no Rio Grande do Sul da Revolução de 1930 e depois em S. Paulo da Revolução Constitucionalista de 1932. Medalha Militar de Prata de bons serviços. Na reserva, intelectual que era, colaborou com vários jornais, escrevendo artigos  notadamente de caráter histórico. Publicou as obras: “Memórias de duas Campanhas”, “Subsídios para um Dicionário Histórico do Rio Grande do Sul”, “Colônias Militares”. Já na reserva do Exército, como capitão, exerceu o cargo de prefeito da cidade de Ponta Grossa, no Paraná, onde foi, depois, eleito vereador. Na mesma cidade integrou o magistério estadual, regendo as cadeiras de História Geral e História do Brasil no Colégio Estadual Regente Feijó e na Faculdade de Filosofia. Serviu também, no CPOR de São Paulo, durante a guerra, o que lhe valeu a promoção a major de cavalaria, para a reserva.  Regressou a seu Estado natal, fixando residência em Porto Alegre, chefiando a Divisão de Pensões e Processos do GBOEx – Grêmio Beneficiente de Oficiais do Exército e colaborando no jornal “Correio do Povo”. Sobre o major Gabriel Mena Barreto, cf. Gen. Divisão João de Deus Noronha Menna Barreto, “Ainda os Menna Barreto – 1919-1969”, edição do autor, 1970, pp. 69-73.




X no Rio de Janeiro com sua prima Inah Mena Barreto Monclaro, filha do coronel Pedro Dartagnan da Silva Monclaro e de Amabilia Mena Barreto Ferreira. Neta materna de Catão Damasceno Ferreira e de Florinda da Fontoura Mena Barreto (* 1846 cf. Anuário  Genealógico Brasileiro, p. 376; 1851, cf. GRG, p. 70), sendo esta irmã gêmea do marechal Antonio Adolfo da Fontoura Mena Barreto (1846-1923), que fez as campanhas de 1864-1865, 1865-1870, 1893-1895 e 1910, foi deputado e ministro da Guerra (1911-1912). Bisneta do marechal Gaspar Francisco Mena Barreto (1790-1856) (o filho mais velho do visconde de São Gabriel) e de sua segunda esposa Balbina Carneiro da Fontoura. Esta era filha do major  João Carneiro da Fontoura (1793-1843) [irmão mais velho de Maria Josefa da Fontoura, esposa de João José Palmeiro) e de Florinda Adolfo Carneiro da Fontoura 1786-1857), filha,  por sua vez,do sargento-mor Antonio Adolfo Charão (1721-1780) [primo irmão da recém mencionada Maria José da Fontoura] e de sua primeira esposa, Ana Clara do Nascimento. Antonio Adolfo Charão tinha o mesmo nome do pai, nascido Antonio Adolfo Schram (por corruptela Charão). Este nasceu no Rio de Janeiro, sendo filho de João Adolfo Schram, natural de Brunswich, na Alemanha, e de Cecília de Souza da Conceição, natural do Rio de Janeiro. A mãe do segundo Antonio Adolfo Charão  era Joana Veloza da Fontoura (1740-1796), quinta filha de de João Carneiro da Fontoura, o iniciador da família no Rio Grande do Sul.

Filhos:

1) João Manoel Mena Barreto (cf. adiante, 1))
2)  Carlos Ney Mena Barreto (cf. adiante, 2))
3) Luis Fernando Mena Barreto (cf. adiante, 3))
4) Ismar Monclaro Mena Barreto (cf. adiante, 4))
5) Vera Monclaro Mena Barreto

1) João Manoel Mena Barreto


João Manoel Mena Barreto

Do comércio

X  Maria de Lourdes Cristóforo, * São Paulo
Filha de Domingos Cristóforo e de Lélia Dias.

Filhos:

(1) Gabriel Cristóforo Mena Barreto
(2) Lucy Cristóforo Mena Barreto


2) Carlos Ney Mena Barreto


Carlos Ney Barreto
* no Rio de Janeiro a 26 de abril de 1925

Funcionário do Banco do  Brasil (aposentado). Reside em São Francisco de Paula.

X com sua prima Leda Mena Barreto, +
   Filha do general Oswaldo Menna Barreto e de Florinda Monclaro (cf. abaixo, IV.4.4.3.1.)

X (2) Luci Helenita Matte

Filhos (do 1º casamento): [dos filhos abaixo tem oito netos e uma bisneta (2009)]

(1) Flora Mariza Mena Barreto X
(2)  Luiz Antônio X
(3) Gabriel Ney X


3) Luis Fernando Mena Barreto


Luis Fernando Mena Barreto

Funcionário do Banco do Estado do Rio Grande do Sul.

X Elma Gonçalves dos Santos
Filha de Santolino Gonçalves dos Santos e Maria ...
Com sucessão


4)Coronel Ismar Monclaro Menna Barreto


Coronel Ismar Monclaro Menna Barreto
Oficial da cavalaria .

X Vera Maria de Macedo
Filha de Galeno Pons de Macedo e de Natália Pires Porto.



2. Rute Mena Barreto


Rute Mena Barreto
X Décio Silveira
Filha: Icléa Mena Barreto Silveira


3. Marina Mena Barreto


Marina Mena Barreto
X Dr. Antonio Carlos César
Filhos:
1) Helena Mena Barreto Cesar
2) Maria Amélia Mena Barreto César
3) Telmo Mena Barreto César



4. Marieta Mena Barreto


Marieta Mena Barreto
X Tenente José Maria Mena Barreto Monclaro, * 1897,
 Irmão da acima mencionada Iná Mena Barreto Monclaro, esposa do capitão Gabriel Mena Barreto. Ou seja, dois irmãos (Gabriel e Marieta), casados com dois irmãos (Iná e José Maria), que além do mais eram também primos.

Filhos:

1) João Mena Barreto Monclaro
2) Moacir Mena Barreto Monclaro
3) Lais Mena Barreto Monclaro
4) Lea (Leia?) Mena Barreto Monclaro
5) José Carlos Mena Barreto Monclaro, +, solteiro
6)Antonio Carlos Mena Barreto Monclaro
7) Ligia Mena Barreto Monclaro



5. General Celso Mena Barreto

General Celso Mena Barreto
* São Gabriel a 1 de março de 1901, + 1969

Possuía a Medalha Militar de Ouro de Bons Serviços. Em 1922, por ocasião de uma revolta na Escola Militar do Realengo, que cursava, tendo tomado parte na mesma, foi desligado com os demais companheiros, ficando afastado por oito anos. Tomou parte ativa da Revolução e 1930 no Rio Grande do Sul. Com a anistia concedida em 1931 pelo governo revolucionário aos ex-alunos da Escola Militar, retornou ao Exército e foi terminar o Curso da Escola Militar Provisória, organizada para esse fim.Combateu a Revolução Constitucionalita de 1932 em São Paulo. Serviu em várias unidades do Exército em Santa Maria, Caxias do Sul, Porto Alegre, Recife (durante a 2ª Guerra Mundial), Rio Grande, Juiz de Fora. Em 1952, promovido ao posto de coronel, foi classificado no 19º  R.I., em São Leopoldo, como Comandante desta Unidade. Em 1955 pediu transferência para a reserva, sendo-lhe concedida no posto de General de Brigada, com cerca de 35 anos de serviços prestados ao Exército e ao país. Sobre o gen. Celso Mena Barreto, cf. a obra “Ainda os Menna Barreto”, pp 83-86.




X Olga de Lima

Filhos:

1)  Luis Carlos Mena Barreto
2) Carlos Roberto (cf. Anuário Genealógico Brasileiro, ano III, 1941, p. 385, Carlos Alberto (cf. “Ainda os Menna Barreto”, p. 85)  Mena Barreto
3) Lia Teresinha Mena Barreto, + solteira


1) Tenente-coronel Luis Carlos Mena Barreto

Tenente-coronel Luis Carlos Mena Barreto

Era tenente-coronel da Infantaria em 1969.

X ...
Com sucessão


2) Coronel Carlos Alberto Lima  Mena Barreto

Coronel Carlos Alberto Mena Barreto
+ 1995
Era distinto oficial da Arma de Infantaria, pára-quedista e com o curso de Comando e Estado-Maior do Exército. Depois de comandar o 26º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, foi designado Comandante do 2º Batalhão Especial de Fronteira e, a seguir, Comandante do Comando de Fronteira de Roraima (em território abrangido pela "Reserva Ianomami", durante os anos de 1969, 1970, 1971). Posteriormente, foi Secretário de Segurança Pública do atual Estado de Roraima, ao longo dos anos de 1985, 1986, 1987, 1988, portanto, com larga e prolongada vivência nos assuntos daquela região amazônica. 

No desempenho daquelas atribuições funcionais, o coronel Menna Barreto percorreu seguidamente o território da chamada "Reserva Ianomami", não encontrando nenhuma tribo com esse nome dentre as 18 relacionadas, fruto de suas minuciosas pesquisas "in loco". Concluiu daí, que a tribo Ianomami não passa de história de ficção ou de uma farsa, o que o levou a escrever o livro “A farsa ianomami”,publicado em 1995 pela Biblioteca do Exército Editora. Esclarece em seu livro que em suas investigações feitas e em estudos realizados por antropólogos e indianistas que percorreram a área em questão, jamais encontrou qualquer  referência à tribo "Ianomami". O livro de Menna Barreto teve a apresentação feita pelo general-de-divisão Carlos de Meira Mattos.


§ 3. Maria Adelaide Palmeiro Mena Barreto


Maria Adelaide Palmeiro Mena Barreto

X Dr. Gabriel Borges Fortes, *S. Gabriel
Filho do dr. João Pereira da Silva Borges Fortes (1816-1893), médico, formado pela Faculdade do Rio de Janeiro, deputado pelo Rio Grande do Sul e presidente do Partido Conservador na Província e de Francisca de Paula Vale. Neto paterno de Manoel José Pereira da Silva e Emerenciana Antonia Gonçalves Borges; neto materno de Tomás Ferreira Vale e de Leonidia Alves.



Nasceu João Pereira da Silva Borges Fortes na freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Cachoeira, hoje Cachoeira do Sul, em 5 de julho de 1816 e faleceu em São Vicente do Sul  em 7 de Janeiro de 1893, com a idade de 76 anos.  O  sobrenome  Borges  Fortes  ele  tirou  dos avós maternos, Antonio Gonçalves Borges e Joana Rosa Pereira Fortes, não só como prova de reconhecimento e estima como para diferenciar-se de homônimo quando cursava a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Era filho legítimo de Manoel José Pereira da Silva e de Emerenciana Antonia da Silva. Entre seus irmãos destacou-se o dr.  Manoel José Pereira da Silva Continentino (nascido com o sobrenome Borges Fortes, trocando o mesmo por problemas políticos quando se encontrava no Rio de Janeiro cursando a Faculdade de Medicina), nascido em São Gabriel e falecido no Rio de Janeiro, doutor em medicina pela Universidade  de  Paris  e médico da Imperial Câmara.O pai de João Pereira da Silva Borges Fortes, que era fazendeiro e proprietário da  Fazenda  Inhatium  em  São  Gabriel, foi Tesoureiro Geral da República de Piratini e suplente de deputado à Assembléia Constituinte e Legislativa instalada em Alegrete a 1 de dezembro de 1842.

Fazendo os primeiros estudos em sua vila natal e depois na capital da Província, foi o jovem encaminhado ao Rio de Janeiro, com destino à Faculdade de Medicina da Corte, formando-se  em novembro de 1839. Conheceu a  José  Bonifácio de Andrada e Silva, de quem se fez confidente e amigo, tendo-o acompanhado em seu exílio, de quatro anos, da ilha de Paquetá. Diplomado aos 23 anos, voltou o dr. Borges Fortes a sua Província natal, que encontra separada da comunhão do Império,  mas  em  situação periclitante para o novo Estado independente ali instalado. Filiou-se, de chegada, ao Partido Conservador, nele militando por mais de  40 anos, ao lado de figuras do valor como Oliveira Belo, Jacinto Mendonça e Severino Ribeiro. Muitas e amargas desilusões sofreu o jovem médico de seus correligionários. Esquecia-as ou as perdoava, preocupado com o exercício de sua profissão. Envolvendo-se com a política, depois de poucos anos abandonou a medicina. Recusou o título de barão, que D. Pedro II queria lhe conceder.

Achava que a simples recepção do Estado-Maior do Imperador,  na  fazenda de sua família, não justificava o título. Bastavam-lhe a amizade de seu soberano e as comendas da Rosa    e  de  Cristo,  que  este  lhe conferira. De João Pereira da Silva Borges Fortes disse na Assembléia Legislativa, o conselheiro Gaspar da Silveira Martins, seu mais ferrenho  adversário político: " Ao Dr. Borges Fortes nada se negue nesta casa. Ele é um grande patriota".
 
O site “Genealogia da família Borges Fortes” publica alguns dados interessantes sobre a família:       http://www.borgesfortes.com/ (acessado dia 16.3.2011):
 "As Ilhas do Açores foram o viveiro fecundo que abasteceu o Brasil daquilo que ele mais precisava, população, quando nos meados do século XVIII, a conservação da Colônia do Sacramento impunha a urgência de desenvolver o Continente de São Pedro e Santa Catarina.

Sendo proibida rigorosamente a entrada de súdito de outras nações nas terras do Brasil, repelidas até mesmo a sua aproximação, veio a caber, felizmente, aos açorianos o destino histórico de formar o lastro fundamental das famílias do Extremo Sul do Brasil.

Feliciano Velho Oldemberg contratou com a Corte de Lisboa transportar para a Ilha de Santa Catarina, até quatro mil casais que embarcariam nas ilhas do Arquipélago dos Açores, contrato firmado a 9 de agosto de 1747.

Da Ilha de São Jorge desembarcaram os seis irmãos D'Águeda, eram eles filhos de João Teixeira D'Águeda e de Isabel Nunes. O nome de D'Águeda provém da corruptela de Der Haegen, ( Wilhelm Van Der Haegen), natural de Bruges, estado de Flandres, (Bélgica), nascido no ano de 1435, falecendo no Topo, com fama de grandes virtudes, no dia de São Tomé, 21 de dezembro de 1510, que daí foi povoar a Ilha do Corvo, passando depois à de São Jorge e que casou com  Margarida de Azambuja (Savóia), também existe referência como Marguerite de Savoie, Zabuya, Zambuja, (nascida no ano de 1439 em Bruges).

Em 1470 Wilhelm  já havia fundado a freguesia do Topo e terminado a construção da Igreja N.S. do Rosário.

A chegada dos D'Águedas deve ter sido posterior à publicação do Bando de 16 de janeiro de 1752, porque não se encontra menção de haverem recebido datas de terras e o seu nome aparece com avultada propriedade nas Pederneiras, em campos que foram adjudicados ao domínio português só depois do advento de Gomes Freire de Andrade ao Rio Grande".(1)
No ano de 1760 os D'Águeda passaram a assinar "Fortes", iniciando-se assim o sobrenome que deu origem aos Borges Fortes que conhecemos atualmente. Fazia a família, parte de uma das últimas expedições desembarcadas na Ilha de Santa Catarina (1752) pois que, os casais que primeiro chegaram e que passaram ao Rio Grande, receberam logo suas datas de terras e fundaram os vários núcleos de povoação que ficam do Taquari para Leste, estabelecendo-se, a maioria,  em Viamão, atual Porto Alegre.
O sobrenome composto, Borges Fortes, foi adotado pelos filhos de Antonio Gonçalves Borges com Joana Rosa Pereira Fortes. Joana Rosa Pereira Fortes era filha de João Pereira Fortes, filho de João Teixeira D´Águeda Filho, filho de João Teixeira D´Águeda, descendente de Wilhelm Van Der Haegen.

1. Maria Amália Mena Barreto  (cf. adiante, 1.)
2. Hercilia Mena Barreto
3. Francisca Mena Barreto (cf. adiante, 2.)
4. João Manoel Mena Barreto Borges Fortes (cf. adiante, 3.)
5. Maria da Glória Mena Barreto Borges Fortes

[Damos esta lista de nomes na ordem dada pelo  site “Genealogia da família Borges Fortes”; aparentemente alguns filhos do casal Maria Adelaide Palmeiro Mena Barreto – Dr. Gabriel Borges Fortes, usam apenas o sobrenome Mena Barreto, omitindo o Borges Fortes (cf. endereço acima mencionado). Tal ordem seguirá realmente a ordem cronológica, do mais velho ao mais moço? O Anuário Genealógico Brasileiro (ano III, 1941, p. 385), bem como a obra de João de Deus Noronha Menna Barreto, “Os Menna Barreto – seis gerações de soldados, 1769-1950”, Gráfica Laemmert Ltda, Rio de Janeiro, s/d [p. 52] dão uma outra ordem, que mencionamos abaixo, apresentando só quatro filhos.Só o filho homem usaria o nome Mena Barreto, as filhas todas seriam  apenas Borges Fortes... O site da família menciona Hercilia e Maria da Glória, nomes ignorados pelo Anuário, que menciona, porém, uma Ceci, ignorada pela outra fonte. Enfim, questão a ser apurada melhor]


1. João Manoel Mena Barreto Neto
2. Francisca  Borges Fortes
3. Ceci  Borges Fortes
4. Amália Borges Fortes


1. Maria Amália Mena Barreto Borges Fortes


Maria Amália Mena Barreto Borges Fortes

X (1) Capitão Germano da Silva
X (2) com seu tio  general João Carlos Mena Barreto,  * 1858-1930, com sucessão (cf. acima, IV.2.2)


2. Francisca Mena Barreto Borges Fortes


Francisca Mena Barreto Borges Fortes

X Capitão Arthur Benjamin da Silva
Com sucessão diz o Anuário Genealógico Brasileiro


3 . João Manoel Mena Barreto Borges Fortes


João Manoel Mena Barreto Borges Fortes
+ Porto Alegre, 7 de abril de 1951
X Odilla Silva (ou Odília Silveira, cf. Anuário Genealógico Brasileiro, ?)
Com sucessão, diz o Anuário Genealógico Brasileiro



§ 4. Maria Balbina Palmeiro Mena Barreto


Maria Balbina Palmeiro Mena Barreto
X Coronel Trajano de Menezes Cardoso

Filhos:

1. Ibanês Mena Barreto Cardoso (cf. adiante, 1.)
2.  Dorzila Mena Barreto Cardoso, + em Porto Alegre  a 27 de novembro de 1887, com sete anos
3. Almerinda Mena Barreto Cardoso (cf. adiante, 2.)
4. Alzira Mena Barreto Cardoso (cf. adiante, 3. )


1. Tenente Coronel Ibanês Mena Barreto Cardoso


Tenente Coronel Ibanês Mena Barreto Cardoso
* 3 de janeiro de 1882
X Noêmia Reverbel de Souza
Sem sucessão diz o Anuário  Genealógico Brasileiro


2. Almerinda Mena Barreto Cardoso


Almerinda Mena Barreto Cardoso
X (1)  com o capitão Venceslau Dario de Oliveira Belo

X (2) com o general  Joaquim Fernandes Brandão

Filhos (do 2º casamento):

1) Gelsa Cardoso Brandão (cf. adiante, 1) )
2) Lourdes Cardoso Brandão


 Gelsa Cardoso Brandão


Gelsa Cardoso Brandão

X Dr. Galba de Paiva
Poeta gaúcho, formado em Direito no Rio de Janeiro, desenvolveu sua atividade profissional como administrador e magistrado no Rio Grande do Sul. Autor de Hora Azul, Elogio das Cores e Folhas

Filhos:

(1) Gelni (Gelhi?) Brandão de Paiva
(2) Gladis Maria Brandão de Paiva
(3) Glice Brandão de Paiva
(4) Gilma Brandão de Paiva
(5) Glene (Gilene?) Brandão de Paiva



3. Alzira Mena Barreto Cardoso


Alzira Mena Barreto Cardoso

X (1) Antonio de Araújo  - sem sucessão

X (2) Oscar Becker – com sucessão

 

§ 5. Alice Palmeiro Mena Barreto


Alice Palmeiro Mena Barreto
X  Desembargador Tito Prates da Silva, *  em São Gabriel em 1855, + 12/11/1937.
Filho de João Raimundo da Silveira Santos (+ 1899) e de Cândida Nepomuceno Prates. Primo de Eduardo Prates, conde de Prates (conde romano, Leão XIII) (1860-1928), grande comerciante, banqueiro, adiantado agricultor e pecuarista em São Paulo. Era primo igualmente de Júlio Prates de Castilhos, importante homem político do Rio Grande do Sul, governador do Estado.
http://www.alfredo.com.br/arquivos/gentrop8.pdf]

Formado pela Faculdade de Direito de São Paulo (1877), magistrado, desembargador (1896)

Filhos:

1. João Raymundo da Silva Neto (cf. adiante, 1)
2. Tito Prates da Silva Filho (cf. adiante, 2)
3. Alcides Mena Barreto  Prates da Silva (cf. adiante, 3.)
4. Homero Mena Barreto Prates da Silva (cf. adiante, 4)
5. Fernando Prates da Silva (cf. adiante, 5.)
6. Julio Prates da Silva (cf. adiante, 6.)
7. Alice Prates da Silva (cf. adiante, 7.)
8. Cândida Célia Prates da Silva (cf. adiante, 8.)
9. Maria Balbina Prates da Silva (cf. adiante, 9.)


1. Dr. João Raymundo da Silva Neto


Dr. João Raymundo da Silva Neto
* São Gabriel a 29 de julho de 1885 + em Cruz Alta no verão de 1925 (ou foi a 8 de outubro de 1949?)

Conforme informa o site acima citado, no início do século XX foi adotado por seu tio, João Raimundo da Silva, solteiro, passando a usar o mesmo nome do padrinho, substituindo o Júnior por Neto. Formado em Direito no Rio de Janeiro (1907), advogado e pecuarista em Cruz Alta, dono da Fazenda Retiro. Tio do conhecido escritor Érico Veríssimo, foi ele, aliás, o primeiro homem que Érico viu morrer, num episódio descrito em seu livro “O Solo de Clarineta”. O livro “O Resto é silêncio” é dedicado a este tio e a Catarino. Chegou a dividir o quarto de uma pensão, em Porto Alegre, com Getulio Vargas.

Sobre João Raymundo da Silva Neto e sua descendência e seu parentesco com Érico Veríssimo cf.  reportagem de Patrícia Specht no jornal “Zero Hora” de 19/10/1999: shttp://minerva.ufpel.edu.br/~felipezs/html/report4.html

O sobrinho, médico Caio Flávio Prates, assim caracterizou João Raymundo
Neto:

“João Raymundo Neto nasceu em 29 de julho de 1885, em São Gabriel e faleceu em 8 de outubro de 1949. Formou-se advogado na turma de Getúlio Vargas, em 1907. Teve uma breve passagem por um juizado do interior abandonando para ser fazendeiro, em Cruz Alta, através de herança de um tio e homônimo, mas na realidade ele era filho do Desembargador Tito Prates da Silva. Em razão de um tiro de espingarda, ocorrido aos 21 anos (1906) que lhe atingiu o queixo e o nariz, ele trazia sempre uma barba e bigodes bem avantajados que lhe conferiam uma feição mais respeitável e patriarcal. Agnóstico, foi administrando as crises de neurose e de angústia, conduzindo sua vida ao lado da companheira Iracema, com quem era casado desde 1911... Seu universo interior tinha características cartesianas. Ele não sabia viver sem sua reação diária de ordem, coerência e harmonia. Era mais um lógico, que um mágico; mais um profeta do que um poeta. Mas com o passar dos anos aprendeu a rir talvez na ânsia de encontrar a esperança... (cf. o site “Genealogia Tropeira – Rio Grande do Sul séculos XIX e XX, vol. III. Coletânea de material histórico e genealógico”, organizado por Cláudio Nunes Pereira: http://www.alfredo.com.br/arquivos/gentrop8.pdf)

O Dr. João Raymundo da Silva Neto
X 1911  com Iracema Lopes, filha de Aníbal Lopes. Sua irmã Abegahy Lopes (dona Bega) (+ 1963), casou com o farmacêutico Sebastião  Veríssimo da Fonseca (1880-1935),  sendo os pais de Érico Veríssimo.
Sem filhos, mas criaram Jenny Pereira,que foi a herdeira do casal, * Cruz Alta, 27 de junho de 1927, e ali + a 18 de abril de 1988 X em Cruz Alta a 31 de janeiro de 1946 com Rosber Brandão, agropecuarista. Com descendência.

Casamento de Jenny Pereira com Rosber Brandão em 1946. Os recém casados tem ao lado o dr. João Raimundo da Silva Neto e sua esposa
2. Tito Prates da Silva Filho


Tito Prates da Silva Filho

X Maria Amália de Siqueira

Filhos:

1) José Helvécio de Siqueira Prates
2) Homero de Siqueira Prates


3. Dr. Alcides Mena Barreto Prates da Silva


Dr. Alcides Mena Barreto Prates da Silva

Médico

X Hilda Fabião Nogueira

Filhos:

1) Eleonora Nogueira Prates
2) Maria Alice Nogueira Prates
3) Lair Nogueira Prates
4) Iliana Nogueira Prates


4. Dr. Homero Mena Barreto Prates da Silva


Homero Mena Barreto Prates da Silva (São Gabriel, + Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1957) foi um escritor brasileiro.
Formou-se na Faculdade de Direito de Porto Alegre, em 1912, iniciando na judicatura em Dom Pedrito. Foi escritor, tendo colaborado  nas revistas Fon-Fon, Careta, O Malho, Ilustração Brasileira, junto com seus conterrâneos Felipe D'Oliveira e Álvaro Moreyra. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi presidente de uma  Junta de Conciliação e Casamento. Obras: “Poemas bárbaros”, 1908;  “As horas coroadas de rosas e de espinhos”, 1912;“Código de Justiça Militar” e  “Atos simulados e atos em fraude de lei”
X Cleonice de Lacerda
Sem sucessão.

5. Dr. Fernando Prates da Silva


Dr. Fernando Prates da Silva
Médico
X Elmira da Silva
Filho: Gilberto da Silva Prates


6. Júlio Prates da Silva


Julio Prates da Silva
X Amália de Macedo Casado
Filha de José Evaristo de Macedo Casado e de Rita Riopardense de Macedo. Neta paterna de Inácio Bibiano Carneiro da Fontoura de Macedo Casado e de Ana Medora de Macedo, sendo esta a sétima e última filha de Francisco Pereira de Macedo, visconde de Serro Formoso (cf. acima, na ascendência de Francisca de Francisca de Macedo, esposa do gen. Asdrubal Palmeiro de Escobar, II.2.5.3.).
Filhos:
1) Ceres Casado Prates
2) Teresa Casado Prates


7. Alice Prates da Silva


Alice Prates da Silva
X Cel. Alfredo Bento Pereira
Filho de João Bento Pereira (+ 1900) e de Rita Cassia de Oliveira (+ 1903). Seu pai era o proprietário da Estância do Inhatium a partir de 1879. Com o falecimento dos pais ele e seu irmão dividiram a fazenda. Com a introdução do gado Hereford no Brasil, em 1906, e a difusão desta raça no Rio Grande do Sul, Adel Bento Pereira, como novo proprietário da Estância do Inhatium,iniciou a criação da referida raça em sua propriedade. Alfredo Bento Pereira foi Prefeito do município de São Gabriel.
Cf.: http://vivasaogabriel.blogspot.com/2011/02/estancia-luz-de-sao-joao.html, assessado a 9.4.2011

Filhos:

1) João Tito Prates Pereira
2) Dr. Iniold Prates Pereira – advogado
3) Heraldo Prates Pereira
4) Alfredo Prates Pereira
5)  Valdo Prates Pereira
6) Déa Maria Prates Pereira
7) Carlos Alberto Prates Pereira


8. Cândida Célia Prates da Silva


Cândida Célia Prates da Silva
X Romulo Gomes da Silveira
Filhos:
1) Hélio Prates da Silveira
2) Caio Flávio Prates da Silveira
3) Celso Túlio Prates da Silveira
4) Atos Prates da Silveira


9. Maria Balbina Prates da Silva


Maria Balbina Prates da Silva
X Alcívio Monteiro de Macedo, cujo pai era sobrinho neto do visconde de Serro Formoso, Francisco Pereira de Macedo (mencionado acima, na ascendência de Francisca de Macedo, esposa do general Asdrubal Palmeiro de Escobar, cf. II.2.5.3.)
 Filhos:
1) Marco Aurélio Prates de Macedo
2) Delsa Prates de Macedo
3) Marco Antonio Prates de Macedo


III. Maria Leopoldina Palmeiro da Fontoura



Maria Leopoldina Palmeiro da Fontoura
* em Porto Alegre a 20 de dezembro de 1845 e foi batizada a 9 de maio de 1846

X  com o alferes João Batista Mena Barreto, batizado em São Gabriel a 3 de novembro de 1850, + 1904
Filho ilegítimo  do marechal João Propício Mena Barreto, 2º barão de São Gabriel (1808-1867). . Exposto em casa de d. Ubaldina Rodrigues Barbosa, casada com José Ferreira Bica.
Curioso, Maria Leopoldina era irmã mais velha de Francisca (IV, abaixo), que casou por sua vez com o 2° barão de São Gabriel, ou seja, o pai do alferes João Batista Mena Barreto.

Filhos:

§ 1. Morena Mena Barreto (cf. adiante, § 1.)
§ 2. Ocarlina Mena Barreto (cf. adiante, § 2.)
§ 3. Otacílio Mena Barreto, + solteiro.

 

§1. Morena Mena Barreto


Morena Mena Barreto
X Carlos Conrado Benavides, nascido no Uruguai.

Filhos:
1. Maurilo Mena Barreto Benavides (cf. adiante, 1) )
2. Olmiro (Olmeiro?) Mena Barreto Benavides
3. João Batista Mena Barreto Benavides
4. Otacílio Mena Barreto Benavides
5. Dr. Carlos Mena Barreto Benavides (cf. adiante, 2) )
6. Maria de Lourdes Mena Barreto Benavides (cf. adiante, 3) )
7. Odete Mena Barrreto Benavides (cf. adiante, 4) )
8. Alfredo Mena Barreto Benavides – oficial do Exército


1. General Maurilo Mena Barreto Benavides


General Maurilo (Maurílio?) Mena Barreto Benavides
* São Gabriel, 21 de setembro de 1904, + 1969
General de Brigada, possuía a Medalha Militar de Ouro de bons serviços e a Medalha do Pacificador. Aluno da Escola Militar de Realengo, tendo tomado parte na Revolta da Escola, em 1922, com seu primo Celso Mena Barreto (cf.), foram desligados, tendo passado oito anos fora do Exército. Anistiado pelo governo, com a vitória da Revolução de 1930. Graduado em Coronel em 1953, foi confirmado nesse posto no ano seguinte, sendo promovido a General de Brigaa com passagem para a reserva em 1956. Foi assim elogiado em 1953 pelo general comandante da 3ª D.C.: “Suas qualidades de caráter, integridade e lealdade, a par de grande energia física e moral, fazem-no muito bom Comandante de Unidade. Possue uma exemplar conduta civil e militar e seus modos cavalheirescos grangearam-lhe o alto conceito que goza, não só no seu meio, como, principalmente, na sociedade em que vive”. Sobre ele cf. a obra “Ainda os Menna Barreto”, pp 181-185.

X Francisca Estrazulas (ou Estragulas, cf. “Ainda os Mena Barreto”)  de Oliveira.
Filhos:
1) Solange de Oliveira Benavides (cf. adiante, 1) )
2) Iran de Oliveira Benavides (Huran?) (cf. adiante, 2) )
3) Renan de Oliveira Benavides [não é mencionado na obra “Ainda os Mena Barreto”, mas no Anuário Genealógico  Brasileiro]

1) Solange de Oliveira Benavides


Solange de Oliveira Benavides
X Wilson ...
Com sucessão


2) Iran de Oliveira Benavides


Iran (Huran?) de Oliveira Benavides
+
X
Com descendência


2. Dr. Carlos Mena Barreto Benavides


Dr. Carlos Mena Barreto Benavides
Advogado

X Clotilde Bica
2 filhos


3. Maria de Lourdes Mena Barreto Benavides


Maria de Lourdes Mena Barreto Benavides

X Marcinio Fagundes Chagas
Filho de João Batista Chagas e de sua segunda esposa, Maria José Fagundes (1860-1933). Neto de Luiz Gonçalves das Chagas, barão de Candiota (título de 1875) (* Herval, + Porto Alegre 1894) e de Anna de Ávila (+ 1897). O barão de Candiota é também antepassado de Zilda Chagas Sousa, esposa de Fernando Palmeiro Cavalcanti (cf. acima).

Filho: Elton (Eltan?) Benavides Chagas


4. Odete Mena Barreto Benavides


Odete Mena Barreto Benavides
X Ladislau Kotlinsky, oficial do Exército
Sem sucessão


§ 2. Oscarlina Mena Barreto


Oscarlina (Ocarlina) Mena Barreto
+ 26 de janeiro de 1934
X  Perciliano Severo Fialho

Foi prefeito interino de São Gabriel.

Filhos:

1. Maria de Lourdes Mena Barreto Fialho (cf. abaixo, 1.)
2. Tenente Descial Mena Barreto Fialho – foi aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro


1. Maria de Lourdes Mena Barreto Fialho


Maria de Lourdes Mena Barreto Fialho

X João Francisco Maciel

Filha: Leila Fialho Maciel



IV. Francisca Palmeiro da Fontoura


Francisca da Fontoura Palmeiro (ou Francisca Palmeiro Pinto da Fontoura?)

X com o marechal de campo João Propicio Mena Barreto, 2º barão de São Gabriel
*  em Rio Pardo, a 5 de agosto de 1808, + em São Gabriel, a 9 de maio de 1867
Filho do marechal João de Deus Mena Barreto 1º barão e visconde de São Gabriel e de Rita Bernarda Cortes de Figueiredo Mena.
Sobre o 2º barão de São Gabriel, diz a Wikipédia, a enciclopéia livre, acessada a 20/3/2011:
“É um dos ascendentes duma tradicional família do Rio Grande do Sul: os Menas Barretos. Filho de João de Deus Mena Barreto, 1º barão e visconde de São Gabriel. Combateu em todas as guerras do sul do Brasil entre 1825 e 1865: Guerra Cisplatina, Revolução Farroupilha (ao lado do Império), guerra contra Rosas até a guerra contra Aguirre, quando como comandante do Exército do Sul conquistou Paissandu, ocupou Montevidéu e concorreu para a deposição de Atanasio Aguirre, após o que solicitou dispensa por grave doença, sendo agraciado com o título nobiliárquico de barão em 18 de fevereiro de 1865. Concluída a Guerra contra Aguirre, retornou à São Gabriel, onde faleceu pouco depois. Na Revolução Farroupilha, em Rincão Bonito, em 1841, como coronel provoca 120 mortes, faz 182 prisioneiros e toma 800 cavalos.

Fontes de referência: Aquiles Porto Alegre,  “Homens Illustres do Rio Grande do Sul”, Livraria Selbach, Porto Alegre, 1917 e Alfredo P. M. Silva, “Os Generais do Exército Brasileiro – 1822 a 1889”, M. Orosco & Co., Rio de Janeiro, 1906, vol. 1, 949 pp.

Marechal de campo João Propicio Mena Barreto, 2º barão de São Gabriel
O site “Gaúchos ilustres”,
http://maragatoassessoramento.blogspot.com/2009/09/gauchos-ilustres_13.html, acessado a 20/3/2011, é mais completo:
“Natural do Rio Pardo, João Propício de Figueiredo Menna Barreto nasceu aos 5 de agosto de 1808. Era filho do marechal João de Deus Menna Barreto (Iº Barão de S. Gabriel - e depois, Visconde de S. Gabriel) e de D. Rita Bernarda Cortês de Figueiredo Menna.

Em 27 de junho de 1820, com apenas 12 anos de idade, assentou praça como 1º Cadete, no Regimento de Dragões, do Rio Pardo (RS). Em 1º de março de 1826, com 18 anos chegava a Montevideu, onde apresentou-se no 5º Regimento de Cavalaria; participou da célebre “Batalha do Rosário” (Ituzaingó), em 20-02-1827. Aos 12 de outubro de 1828, foi promovido ao posto de alferes; mas, a 1º de maio de 1832, pediu exclusão do Exército, para tratar de interesses particulares, tornando-se “estancieiro” nos campos do Batoví, no município de S. Gabriel (RS).

Impelido pelo seu espírito guerreiro, o tenente Propício Menna Barreto não vacilou um só momento para empunhar as armas, enganjando nas tropas imperiais, incorporadas à Brigada do Gen. Bento Manoel Ribeiro, tomando parte ativa na Revolução Farroupilha de 1835, combateu a favor da legalidade, sem o menor recuo, durante os dez anos de luta encarniçada; venceu ao Cel. Agostinho José de Mello, no combate no passo do Piquirí (Cachoeira), em 25 de novembro de 1841. Em 1846, foi promovido ao posto de coronel e em 1851, foi com as nossas forças até a República Argentina, a fim de derrotar a tirania de Rosas, voltando com a consciência de haver cumprido o seu dever. Em 14 de março de 1854, foi promovido a Brigadeiro (General de Brigada); aos 15 de março de 1858, foi nomeado Vice-presidente do Rio Grande do Sul e aos 10 de abril daquele ano,  agraciado com a Ordem do Cruzeiro do Sul, no grau de dignatário. Aos 17 de abril de 1863, foi feito Comendador da Ordem da Rosa.

Em 1864, nomeado comandante em chefe do exército, invadiu o Estado Oriental do Uruguai, para esmagar o poderio de Aguirre que deixou enxovalhar a nossa bandeira, quando o populacho desenfreado, arrastou-se pelas ruas de Montevideu. Quando o Gen. João Propício teve ordem de marchar o quanto antes para a república vizinha, o seu estado de saúde era muito delicado. A 2 de março de 1864 foi elevado ao posto de Marechal-de-campo, assumindo o comando das Armas da Província do Rio Grande do Sul; logo, recebe ordens para marchar contra os vizinhos “orientales”; nessa marcha penosa, os seus incômodos se agravaram, mas Mena Barreto seguia sempre para a frente, com o peito e as costas cobertos de cáusticos, com uma resignação que admirava a todos que o cercavam, na sua barraca e assim, neste deplorável estado, quase um moribundo, assistiu entre dores cruéis, ao ataque de Paissandú em 31 de dezembro de 1864 e pouco depois à tomada de Montevideu, a 20 de fevereiro de 1865. Um outro teria abandonado logo o seu posto de honra, ele, entretanto, não quis fazê-lo porque acima de tudo colocava sempre o cumprimento do dever.

Concluída a guerra com a vitória das nossas armas, voltou para S. Gabriel, a terra adotada pelo Marechal João Propício Menna Barreto. Em atenção aos seus valiosos serviços, o Imperador lhe deu o título, que já tinha sido de seu pai, de  Barão de São Gabriel. Sua Majestade, o Imperador D. Pedro II, ao passar por S. Gabriel em viagem para Uruguaiana, a fim de assistir a rendição da força expedicionária paraguaia (ao mando do Tenente-coronel Antônio de La Cruz Estigarriba, já cercado pelas tropas brasileiras), aproveitou para visitar o Barão de São Gabriel, assim descrito por seu genro, o Conde d’Eu:

“Dia 31 de agosto de 1865. De tarde, foi o Imperador visitar o Barão de São Gabriel, Marechal-de-campo João Propício Menna Barreto. É o General que no princípio da atual guerra comandou a invasão do Estado Oriental e tomou Paissandú, cooperando com Venâncio Flores e com o Visconde de Tamandaré.

Mas, o infeliz militar na campanha adquiriu a “tísica” (tuberculose), que o vai lentamente consumindo; já não pode erguer-se do leito, junto do qual vimos a baronesa, duas irmãs desta, cinco filhos, o mais velho dos quais ainda não tem cinco anos.”

Foi um dos generais mais ilustres que teve o nosso exército. Nenhum outro o excedeu em valor, em audácia e em bravura. Era um soldado completo; nada lhe faltava.Em todos os combates em que tomou parte sempre se pôs em relevo pelos seus rasgos de coragem.
Faleceu na tarde de 9 de fevereiro de 1867, na sua estância da Boa Vista, bem próxima do legendário Cerro do Batoví, sendo sepultado na cidade de S. Gabriel.

É o Patrono do “9º Regimento de Cavalaria Blindada” sediado na “terra dos Marechais (S. Gabriel).”

Filhos do 2º barão de São Gabriel com Francisca da Fontoura Palmeiro:

§ 1. Maria da Glória Mena Barreto (cf. abaixo, § 1)
§ 2. Sebastião Mena Barreto (cf. abaixo, § 2.)
§ 3. Maria Corina Mena Barreto (cf. abaixo, § 3).
§ 4. João Propício Mena Barreto, * em São Gabriel a 4 de dezembro de 1863 e batizado a 24 de junho de 1865.
§ 5. Francisco Mena Barreto, * em São Gabriel a 9 de setembro de 1866 e foi batizado a 19 de maio de 1867 (cf. abaixo, § 4.)
§ 6. Cecília Mena Barreto (cf. abaixo, § 4.)




§ 1. Maria da Glória Mena Barreto


Maria da Glória Mena Barreto
*  S. Gabriel 1859, + Rio de Janeiro, 1º de abril de 1938
X Dr. Propicio Barreto Pinto
Filho do coronel Tristão José Pinto
Foi deputado.

Filhos:

1. Branca Mena Barreto Pinto (cf. adiante,1.)
2. Arlinda Mena Barreto Pinto (cf. adiante, 2.)
3. Alzira Mena Barreto Pinto, solteira
4. Maria da Glória Mena Barreto Pinto
5. Almerinda Mena Barreto Pinto (cf. adiante, 3.)
6. Ary Mena Barreto Pinto (cf. adiante, 4. )
7. Oscar Mena Barreto Pinto (cf. adiante, 5. )
8. João Propicio Mena Barreto (cf. adiante, 6. )
9. Tristão José Pinto

 

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